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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Refinarias do Maranhão e do Ceará deram prejuízo de R$ 2,7 bilhões e comprometeram 38% do lucro da Petrobras

Refinaria Premium I de Bacabeira não passou das obras de terraplenagem

As refinaria Premium I e II, lançadas, respectivamente, no Maranhão e no Ceará, que nunca avançaram em suas obras, levaram a Petrobras e perder R$ 2,7 bilhões e comprometeram 38% do lucro da Petrobras no terceiro trimestre de 2014, que caiu de R$ 5 bilhões para R$ 3,1 bilhões, segundo reportagem publicada nesta quarta-feira (28), pela Folha de São Paulo. A baixa com as refinarias Premium I e II, Abreu e Lima, em Pernambuco e Comperj, no Rio de Janeiro, foram propostas e aprovadas na gestão do ex-diretor Paulo Roberto Costa, delator na Operação Lava Jato que cumpre pena domiciliar e responde a ações penais por corrupção na estatal.

No lançamento da Refinaria de Bacabeira, o ex-presidente Lula, a presidente Dilma Roussef, a ex-governadora Roseana Sarney e o ministro Edison Lobão

As duas refinarias do Maranhão e do Ceará começaram a ser planejadas em 2008, sob justificativa de aproveitar as margens financeiras do refino, na época mais favoráveis. A pedra fundamental dos projetos foi lançada em 2010, em Bacabeira (MA) e Pecém (CE), pela diretoria da empresa, com a presença do ex-presidente Lula, e de Dilma Roussef, à época chefe da Casa Civil é pré-candidata a presidente da República, além da ex-governadora Roseana Sarney (candidata à reeleição) e do então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que era candidato à reeleição no Senado. Os investimentos previstos, na época, eram de US$ 30 bilhões nas duas unidades. Premium 1 era prevista para entrar em funcionamento em 2016 e a 2, em 2017.

Desde que assumiu a presidência da empresa, em 2012, Graça Foster, assumiu vinha levando os projetos em banho-maria. No início de 2014, as duas obras ainda estavam no plano de investimento, mas sem indicação de grandes avanços. Em meados do ano passado, o conselho de administração da Petrobras começou a estudar a retirada dos dois projetos dos investimentos previstos até 2018, diante do elevado custo para sua construção, da queda nas margens obtidas com o refino e da necessidade de redirecionar recursos para a exploração do pré-sal.

Fonte: Blog Aquiles Emir