Frutos da oligarquia Sarney, Rogério e Andrea na atual conjuntura trocam farpas no plenário
O Maranhão vive uma interessante contradição. Enquanto o governo pilota uma Ferrari, a Assembleia Legislativa dirige um fusca. A comparação serve para medir o descompasso entre o empenho do governador Flávio Dino (PCdoB) para melhorar a imagem do estado e a decadência do parlamento.
No geral, a Assembleia Legislativa vive um dos seus piores momentos. Dos 42 deputados, 40 assistem ao duelo deplorável entre a oposicionista Andrea Murad (PMDB) e o líder do governo Rogério Cafeteira (PSC).
Em todos os rounds, só tem golpe baixo, porque nas origens e fundamento da política eles se parecem e podem estar juntos depois. No momento, são adversários. Andrea acusa Rogério de imoral, sem autoridade para criticá-la em nada. Rogério devolve os insultos, acusando o pai de Andrea, Ricardo Murad, de ladrão e safado.
Pai de Andrea, Ricardo Murad foi chamado de safado e ladrão por Rogério Cafeteira
Eles se merecem. No primeiro conflito em plenário, Cafeteira disse que emprestou R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) à campanha de Andrea, dinheiro entregue na agência do banco Itaú Personallitè, na avenida dos Holandeses.
Os comparsas no financiamento de campanha acertam suas dívidas distribuindo insultos na tribuna. Egresso do sarneísmo, o líder do governo não consegue enfrentar sua principal adversária, turbinada pela poderosa máquina midiática da oligarquia Sarney.
Em algumas situações, Rogério Cafeteira é humilhado pelo que de pior já se produziu na política do Maranhão. Assim segue a Assembleia Legislativa, desencontrada dos gestos, medidas e ações do governo para melhorar o Maranhão.
A folclórica Ana do Gás (PRB) serviu até o momento apenas para apresentar uma proposta estapafúrdia de ampliar o número de deputados estaduais para 217, o número de municípios do Maranhão, sendo um representante para cada cidade.
O petista Zé Inácio mal conhece o regimento interno da Casa e muda de lado quase todos os dias. Mas, não podemos generalizar. Existem exceções. Nem todos os deputados são iguais. Porém, da forma que está, o parlamento é um atestado de retrocesso e ou uma certidão de atraso. O povo maranhense não merece a maioria desses deputados.
Fonte: Blog do Ed Wilson