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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Mutirão de solidariedade tenta salvar sobreviventes de terremoto no México

Com o tremor, escola na Cidade do México com 400 crianças desabou.
Escola foi um dos 45 prédios que desabaram com tremor de magnitude 7.1.

Mutirão de solidariedade tenta salvar sobreviventes de terremoto no México

Com o tremor, escola na Cidade do México com 400 crianças desabou.

Escola foi um dos 45 prédios que desabaram com tremor de magnitude 7.1.

Uma escola do México virou o símbolo do esforço pelo salvamento de sobreviventes do terremoto. Até o momento, o tremor de terça-feira (19) teve 225 mortes confirmadas.

Uma multidão está nas ruas em um mutirão de solidariedade e em busca de notícias.

A escola primária Enrique Rebsamen, no sul da Cidade do México, estava funcionando com 400 crianças quando o terremoto a reduziu a escombros.

Voluntários na hora começaram a tirar as crianças dali. Rodrigo, que estava na escola na hora, disse que a saída ficou bloqueada e que escapou passando por cima de uma parede que caiu.

As buscas continuaram à noite em uma cidade que não dormiu. Enquanto equipes de resgate reviravam os escombros, voluntários pediam silêncio para ouvir o choro de alguma criança.

O punho em riste é o sinal. Pais e familiares na porta da escola queriam saber do paradeiro dos seus filhos. Pelo menos 21 crianças foram tiradas dali sem vida e quatro adultos.

Nesta quarta-feira (20), as buscas continuaram. Um resgatista disse que câmeras que detectam o calor identificaram que ainda há gente ali, e que é possível tirar alguém com vida. Uma médica diz que são cerca de 20 crianças soterradas. E esse foi só um dos 45 prédios que desabaram com o terremoto de magnitude 7.1.

Foi nessa hora que o país começou a se unir: mexicanos que viviam suas vidas cotidianas e turistas, que, de férias, foram surpreendidos por uma tremedeira até na água.

Uma explosão, segundo um morador, foi causada por um vazamento de gás. Muito veio abaixo.

Num prédio que o Jornal Nacional mostrou na terça-feira estavam dois brasileiros que ficaram levemente feridos. Daniel Martins estava trabalhando como tradutor.

“Em uns dois segundos começou a cair tudo. Caiu o piso embaixo de mim, eu estava no segundo piso e caí para o primeiro piso e os escombros começaram a cair em cima de mim, a me esmagar, foi me esmagando, me esmagando. Eu fiquei 40 minutos ali embaixo até que chegaram os resgatistas e eu já tinha conseguido tirar uma perna e um braço para fora, e com esse braço peguei o celular e consegui avisar minha esposa que estava embaixo dos escombros”, contou.

Ele está com uma suspeita de fratura no quadril. Mas quando teve alta, o que viu nas ruas foi uma grande rede de solidariedade.

Além de 700 pessoas do Exército, da Marinha e da Proteção Civil, milhares de voluntários estão nos locais dos escombros. Paramédicos correm contra o tempo.

E, do nada, doações foram aparecendo pela cidade. O Brasileiro Rodrigo Dib, representante comercial, estava em um desses pontos de distribuição de doações.

“O que mais pega de assustar é você o dia inteiro ficar escutando sirene, um monte de helicóptero passando, acho que o clima fica muito tenso. Foi até difícil dormir neste sentido, mas hoje já começou essa questão da solidariedade, de ajudar o pessoal que está preso nos escombros”, disse.

E na hora da entrevista, uma prova do que gente unida é capaz: “Só um minutinho que o pessoal pediu para fazer silêncio um minuto. Vão passar alguma informação.”

O silêncio em meio ao caos. “Isso aqui é o seguinte: alguém vai passar alguma informação e aí todo mundo fecha o punho assim no sentido de silêncio e aí todo mundo respeita.”

Naquela hora, estavam pedindo para os voluntários saírem do centro da cidade e se espalharem por outros bairros. Na periferia, os trabalhos acontecem em mutirões, que reviram escombros de casas, pequenos negócios e igrejas.

Alojamentos provisórios abrigam quem não pode ajudar. E em pequenas cerimônias, a Cidade do México enterra seus mortos.

O presidente americano Donald Trump falou nesta quarta-feira por telefone com o presidente do México, Enrique Peña Nieto, para expressar suas condolências. Ofereceu assistência e equipes de salvamento, que estão sendo mandadas para o país agora. Trump também prometeu trabalhar em conjunto com o México na resposta aos recentes terremotos e furacões.

Fonte: G1