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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Veja qual é o impacto da bandeira vermelha na conta de luz

Bandeira será vermelha no patamar dois a partir deste domingo (1º).
Represas brasileiras estão com pouca d’água.

A partir de domingo (1º), a conta de luz fica mais cara porque a bandeira será a vermelha no patamar dois, o mais alto. É consequência da falta de chuvas. Você vai saber o impacto desse aumento para as famílias brasileiras.

A Rose capricha no tempero da feijoada e Johnson, marido dela, coloca tudo nas quentinhas. Aos sábados, além de entregar as encomendas na vizinhança, eles recebem clientes em casa. É um reforço para a renda do casal que está desempregado.

Mas essa atividade que ajuda o casal a pagar as contas também gera custos. Na conta da luz, o gasto extra inclui principalmente eletrodomésticos: panela elétrica, freezer e geladeira. Do lado de fora, agora, as lâmpadas passam o dia inteiro acesas. Isso vale também para o aparelho de som, que fica o tempo todo ligado.

Em três meses, a conta de luz do casal subiu 40%. “A gente começou a fazer esse trabalho nosso aqui em casa e veio, na sequência, veio esse aumento de conta de luz. Então, quer dizer, a gente vai trabalhar para pagar a conta de luz”, desabafa Johnson Dias de Carvalho, autônomo.

A conta de luz vai aumentar ainda mais. A partir deste domingo (1º), a tarifa sobe para todo mundo.

Em junho, a bandeira tarifária era verde, que não tem adicional. Em julho mudou para amarela, que tem custo extra de R$ 2 a cada 100 kwh. Em agosto foi para vermelha, patamar um, com acréscimo de R$ 3. Em setembro, voltou para a amarela. E agora vai para vermelha patamar dois, com aumento de R$ 3,50.

A culpa é da seca. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico mostram que as represas de todas as regiões brasileiras estão com pouca água. Com isso, o governo reduz a produção das hidrelétricas e aumenta o uso das termelétricas, que geram eletricidade mais cara.

Nos últimos 12 meses, segundo o IBGE, o custo da energia elétrica subiu mais de 5%, o dobro da inflação. Mas o consultor Mauro Calil lembra que o impacto da nova bandeira é bem maior para quem ganha menos: “A energia elétrica para uma família de baixa renda pode representar 5% da renda. Para uma família de alta renda vai representar 1% ou 2%, ou até menos do que isso”.

As bandeiras tarifárias só não valem para Roraima que ainda não faz parte do Sistema Interligado Nacional.

Fonte: G1